A estratégia de valorização do corredor ecológico nas margens do Rio Leça prevê a estabilização de pontos de erosão, os cortes de limpeza, a contenção de espécies exóticas e invasoras e a plantação de árvores autóctones.
Foram escolhidas espécies que melhor se adaptam às condições do clima e solo locais, tal como ao regime hídrico do rio.
Das árvores que proporcionam sombra e frescura, destaque para o amieiro, o carvalho e salgueiro.
Ao longo das margens do rio, encontramos espécies como o amieiro, o salgueiro-negro, o lírio-dos-pântanos, a salgueirinha, a tabua-larga, e a alisma plantago-aquatica.
Nas galerias ripícolas do Leça, existem amieiros, choupos, salgueiros, sabugueiros, freixos, sanguinhos d´água, carvalhos-alvarinho e sobreiros, entre outros.
Relativamente à fauna piscícola atual, é bastante pobre devido à poluição do rio e das suas margens. Em alguns locais ainda é possível encontrar espécies como a enguia, o góbio, a perca-sol ou a taínha. Pelo mesmo motivo, muito rara é a presença de anfíbios.
Das espécies de répteis, regista-se a presença de licranço, sardão, lagarto-d ‘água, lagartixa, cobra-d’água-viperina e cobra-d’água-de-colar.
No que à avifauna diz respeito, já é possível observar a presença de guarda-rios, garças-boieiras, garças-reais, patos-reais, rabirruivos, alvéolas cinzentas, alvéolas brancas, pegas, maçaricos das rochas e verdilhões.
No âmbito do “Corredor Verde do Leça”, foi também desenvolvido um projeto para proteção da infraestrutura e preservação ambiental, caso se verifique um aumento da frequência de inundações em virtude das alterações climáticas.
Os muros de contenção existentes, utilizados para a proteção das infraestruturas existentes (emissário do rio Leça, condutas de água e eletricidade), são para manter. Outros em ruína e que servem de suporte aos terrenos adjacentes serão recuperados.
A instalação de passadiços metálicos e a colocação de pavimentos com sistema de drenagem são outras das medidas previstas.